Exposição 4 Estações na Galeria Metara

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Quatro artistas oriundos de países distintos apresentam seus trabalhos na coletiva “4 Estações”, que inaugura no dia 4 de setembro, terça, comemorando um ano de mudança da Galeria Metara de Ipanema para um charmoso sobrado de 1870 no Porto Maravilha.

Román

A brasileira Monica Carvalho, a “argentina-carioca” Susi Cantarino e o alemão Klaus Schneider se juntam ao catalão Roman Bonet, artista convidado pela curadora Liliu Castelo Branco, que pretende dar início a um intercâmbio entre a Catalunha e o Brasil, no que considera um embrião de aproximação entre cariocas e catalães.

“Assim como as estações, que ora preparam as sementes para germinarem, ora encerram ciclos, a criação do artista também passa por momentos distintos: a ideia e concepção da obra e seu amadurecimento, o desenvolvimento e execução da mesma e sua finalização. Aqui, quatro artistas distintos se encontram num mesmo processo, falando através da sensibilidade de suas obras. A arte não tem limitações, nem dificuldades de compreensão, ela flui pela sensibilidade de cada um”, explica a curadora, Liliu Castelo Branco.

Com técnicas completamente diferenciadas, o “fator tempo” aparece como fio condutor nas obras de todos eles. Monica trabalha com sementes e material orgânico descartado pela natureza, enquanto Susi dá novo uso a armários de metal desgastados, que são transformados em instalações pintadas. Já Klaus se apropria de matérias-primas naturais, como ripas de madeira, dispostas simetricamente em pendentes escultóricos, enquanto Roman levou um ano, entre dias e vindas, para concluir sua série em óleo sobre tela que retrata a paisagem Delta do Ebre, a seis horas de Barcelona.

COM A PALAVRA, A CURADORA: SUA PERCEPÇÃO SOBRE O TRABALHO DE CADA ARTISTA

Monica Carvalho trabalha com formas orgânicas, percebidas pelo olhar apurado e sintonizado da artista com a natureza. As sementes, contas preciosas, cipós, fibras, escamas, madrepérolas, toda essa riqueza que a generosidade da natureza não se cansa de nos presentear.

Susi Cantarino manipula a delicadeza do papel em todas as suas possibilidades, numa composição feminina, forte e ousada. Para esta exposição, prepara uma instalação, reciclando portas de armário em metal e usando a cor com maestria de quem se envolve e irradia este colorido.

Klaus Schneider apresenta com formas geométricas um grande resultado de leveza e equilíbrio. São esculturas que têm ritmo na sua movimentação e projetam novas formas em sombras geométricas.

Roman Bonet traz as variações de paisagens do Delta do Ebre, considerado patrimônio mundial, O rio Ebro nasce nos Pirineus e traz em sua correnteza sedimentos da cordilheira cantábrica, A quantidade de materiais sedimentados criou uma superfície de mais de 320 km², em que numerosos habitats foram formados. A forma atual do Delta é uma “seta” perfeitamente desenhada que penetra cerca de 22 km no mar. As variações de luz durante vários momentos do dia Roman capta esses instantes e os traduz em cores que são quase solidas para o olhar do observador. Junto com suas paisagens ele traz seus retratos, homens, mulheres, expressões, sensações. Novamente a cor domina o olhar, dando ênfase ao sentimento retratado.

SAIBA MAIS SOBRE CADA ARTISTA

  • ROMÁN BONET

Román Bonet é artista plástico, formado em Design de Interiores desde 1988. Em 1996, diferentes fatores como a História da Arte, a pintura de seu pai, Màxim Bonet, e as conversas sobre Arte com o primo, Montse Cesarini, inspiraram o primeiro trabalho em 1996. O artista foi autodidata até 2007, quando iniciu o primeiro ano de sete em cursos de pintura, ministrado pelo artista e professor  Jesús Martín Sánchez. Em 2015, se instalou em seu primeiro estúdio para realizar a última etapa dos “mis retratos astROMÁNticos de Love Of Lesbian”, combinando-o com o Design, sua profissão. No 1º trimestre de 2017 recebeu um curso de desenho ministrado por Manuela Rivero, se consolidando em retrato para realizar meu próximo projeto em curso.

  • SUSI SIELSKI CANTARINO

Susi Sielski Cantarino nasceu e estudou teatro em Buenos Aires e se mudou para Israel em 1975, onde cursou Belas Artes na Escola de Artes Midrasha LeOmanut. Mora no Rio de Janeiro há 30 anos e administra a Galeria de Arte Metara, trabalhando como curadora, produtora, além de desenvolver performances. Suas obras de arte, colagens, instalações e quadros fazem parte de coleções renomadas, e a artista teve seu trabalho exposto em museus, galerias, feiras e salões de arte em Israel, Japão, Itália, França, Colômbia, Brasil, Argentina, Espanha, Portugal, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e Taiwan. Também cria capas de livros, camisetas e objetos de design. Suas serigrafias decoram muitos hotéis no Brasil e na Argentina. Já recebeu vários prêmios, como o Segundo Prêmio na Bienal de Florença.

  • MONICA CARVALHO

Monica Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, é formada em Letras e trabalhou como professora de inglês, tradutora e intérprete. Estudou teoria da arte no MAM do Rio de Janeiro, no Metropolitan de Nova Iorque e no Louvre de Paris. Em constantes caminhadas por florestas, rios, praias, manguezais, montanhas e campos cata o que chama de fascinantes sobras orgânicas. Suas obras remetem aos atuais problemas ecológicos do planeta, alertam contra o descuido para com a natureza e extravasam um fio feminino de doçura, agressividade, indignação, elegância, requinte e sensualidade.Participou do protesto contra a retenção das obras de Franz Krajcberg no porto de Santos e foi encorajada por ele a seguir o seu caminho natural, resultando, hoje, no reconhecimento da mídia e dos profissionais do meio.

  • KLAUS SCHNEIDER

Klaus é alemão e criou uma forte ligação com o Brasil na sua adolescência, quando a família se mudou para o Rio de Janeiro. Sua afinidade com a natureza, desde menino, despertou sua curiosidade e seu fascínio pela madeira. Sempre usou seus canivetes para esculpir tocos que catava. Aos 25 anos, desenvolveu o hobby de fazer móbiles, utilizando materiais orgânicos como conchas, pedras e madeira. Coincidindo com sua escolha definitiva pelo Brasil, em 2000, esse processo atingiu a maturidade com uma linha de móbiles que desenvolveu para uma loja de móveis e decoração. Ripas de cedro ebanizadas são harmoniosamente alinhadas, transmitindo a impressão de suavidade e força. Além dos móbiles, sua produção inclui esculturas e painéis.

 

4 ESTAÇÕES

Abertura: 4/9/2018, das 17h às 20h30

Exposição: de 5/9 a 2/10/2018

Metara Porto Maravilha

Endereço: Rua Sacadura Cabral, nº 264 – Saúde

Telefone: (21) 2537-3854

VLT Harmonia ou Utopia AquaRio. Vagas para estacionar.

Horário de visitação: de segunda a sexta, das 13h às 18h

Intercâmbio: MCB Organização em eventos de arte

 

Fonte: Sopa Cultural

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