Sapiens - Resumos

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Yuval Harari defende uma hipótese ampla em seu livro sobre como a nossa espécie — Homo Sapiens — se sobressaiu das demais e se tornou espécie dominante no nosso planeta.

Para sustentar essa teoria, o livro apresenta uma grande tese unificadora entre biologia, história, economia e física.

Isso mesmo, o livro Sapiens junto todos esses assuntos para contar a história da humanidade. E, por incrível que pareça, a leitura é simples e muito interessante.

Com uma dose de bom humor e exemplos reais do que aconteceu, a obra é uma fotografia do nosso processo de evolução da humidade.

Para contar toda essa história, Sapiens foi organizado em quatro partes: a revolução cognitiva; a revolução agrícola; a unificação da humanidade; e a revolução científica.

Vamos nos aprofundar em cada porção do livro com maiores detalhes.

 

A revolução cognitiva

Inicialmente, Harari apresenta que os Sapiens tiveram um grande apoio pelo seu intelecto para se sobressair das demais espécies.

Quase sempre baseado em revoluções silenciosas baseadas na observação de eventos naturais. Como, por exemplo, o uso do fogo.

Os primeiros Sapiens perceberam que domesticar o fogo era algo positivo a todos. Assim, poderiam se aquecer do frio e se livrar de ataques de animais selvagens, como leões.

Além do mais, também servia para cozinhar alimentos, sobretudo os que os humanos não conseguem digerir em sua forma natural.

Esse evento, alias, é relatado no excelente trecho “uma raça de cozinheiros”. Todo o livro é escrito usando em tom de bom humor com eventos reais.

O uso do fogo e a construção de ferramentas permitiu que os Sapiens explorassem cada vez mais o mundo, não se limitando à um único território.

Foi isso que proporcionou a nossa exploração mundial, saindo da África, chegando a Europa, ao Ocidente, e por fim, as Américas.

Logo, a espécie Sapiens não precisava ficar em um único local lutando para sobreviver, mas sim procurar melhores locações para a sua vida.

Além do mais, o desenvolvimento mental dos Sapiens permitiu a criação de ferramentas úteis, algumas para caça e coleta, outras, no entanto, para arte.

A estátua do homem leão, por exemplo, foi confeccionada a mais de 32 mil anos atrás e é a marca da inteligência da espécie.

Ao mesmo tempo que novas ferramentas surgiam, apareçam novas possibilidades. Isso tudo revolucionou e abriu um precedente grande para a história da humanidade.

 

A revolução agrícola

Ao invés de colher frutas e caçar animais (época dos caçadores-coletores), a revolução agrícola permitiu que os Sapiens parassem de se mover tanto e se fixassem em um único lugar.

Por isso, a espécie ganhou ainda mais espaço no modelo de evolução natural perante as demais.

Ao invés de buscar alimentos correndo riscos de ataques de animais selvagens e outras tribos, os Sapiens aprenderam a plantar, cultivar e colher.

Harari ilustra que foi por volta de 9.500–3.500 A.C. que os primeiros Sapiens iniciaram o processo de domesticação que ocasionou a revolução agrícola.

Provavelmente alimentos como trigo, lentilhas, ervilhas e oliveiras foram os primeiros grãos domesticados. Seguidos por animais, como cavalos e bodes.

Toda essa mudança, no entanto, levou anos para se concretizar. Aos poucos, os Sapiens nem sabiam de seus antepassados que eram caçadores-coletores.

A única referência que possuíam era a vida, organizada, como agora. Por isso, a época de caça e coleta ficou cada vez mais apagada e esquecida.

Isso tudo acabou gerando uma grande distorção. Cada vez mais os Sapiens podiam viver em sociedades maiores e (menos) organizadas.

Por isso, suas aldeias foram crescendo e se expandindo e a organização “natural” não fazia mais sentido, era essencial ter outra estratégia.

Isso é o que dá o pontapé para entender a terceira parte do livro.

A unificação da humanidade

Pela primeira vez na história da humidade, uma espécie ficou tão numerosa e tão inteligente que poderia optar por rumos “não naturais” de evolução.

Em suma, ao invés de separar um bando muito grande em dois bandos — como quase sempre ocorria — os Sapiens tomaram outro rumo.

Eles foram capazes de criar mecanismos ainda mais complexos para viver em sociedade.

Assim, floresceram as primeiras cidades, as primeiras leis, as primeiras moedas… Enfim, as bases da nossa sociedade moderna.

Ao mesmo tempo, aspectos culturais mais profundos, como a religião, eram desenvolvidos com o passar do tempo.

Culturas, fés e crenças eram difundidos e unificados. Isso gerava ainda mais laços em comuns.

Agora, não eram apenas seres que compartilhavam comida e proteção, mas uma espécie que acreditava em princípios similares entre si.

Isso tudo funcionou como um motor para impulsionar ainda mais o nosso avanço. Fornecendo o último ato retratado no livro, a ciência.

 

A revolução científica

A ciência permitiu o desenvolvimento tecnológico muito maior para a toda a espécie e vem sendo o ato que marca nossa predominância como espécie.

Se um camponês tivesse adormecido no ano 1.000 e despertado em 1.500 provavelmente o mundo lhe parecia bastante familiar.

Mas, se um viajante do ano 1.500 adormecesse e acordasse no ano 2.000 ficaria muito desorientado.

Isso aconteceu pois nos últimos 500 anos a humanidade experimentou uma evolução sem precedentes na história. Em grande parte, patrocinada pelas invenções da ciência.

As cidades em 1.500 eram, quase todas, dotadas da mesma estrutura. Maioria das edificações eram de barro, madeira e palha, com no máximo 3 andares.

As ruas eram caminhos de pedestres, cavalos, cabras e galinhas. E, poucas, carroças. A noite, a cidade toda ficava um breu.

Julio Verne imaginou uma volta ao mundo em 80 dias (um excelente livro, por sinal). Hoje, se tivermos tempo e dinheiro disponíveis, fazemos a mesma viagem em 2 dias.

Até 1968 os seres humanos haviam pisado apenas na superfície terrestre e quase toda a vida sua estava em terra.

Em 1969 os humanos aterrissaram na Lua e grande parte da nossa comunicação, hoje em dia, se deve aos satélites que orbitam a Terra.

Na quarta e última parte do livro, Harari reflete sobre tais acontecimentos e apresenta como isso tudo moldou e modificou nossa realidade.

As construções que serviram para impor nossa “civilização” ao mesmo tempo que quase acabou com ela, sendo a bomba atômica o melhor exemplo.

Além disso tudo, o livro é recheado de boas histórias, algumas tão boas que valem a pena serem contadas em separados.

 

 

 

Fonte: Médium.

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