Napoleão assume o poder
Napoleão Bonaparte (1769-1821), general qua havia participado de campanhas militares na Itália e no Egito, retornou à França em 1799, fazendo parte, no mesmo ano, de uma conspiração que derrubou a Primeira República, originada pela Revolução Francesa. Eleito primeiro-cônsul por dez anos, tornou-se o governante supremo da França. Nos primeiros quatro anos, começou a reorganizar o sistema legal francês (Código Napoleônico), a administração, a Igreja e a educação. A era de Napoleão foi também marcada por inúmeros conflitos, conhecidos como as Guerras Napoleônicas, que duraram de 1796 a 1815 e cujo maior inimigo foi a Inglaterra. Em 1804, Napoleão coroou a si próprio imperador da França. Criou uma corte imperial e uma nobreza à sua volta, ao mesmo tempo em que restringia as conquistas liberais da Constituição revolucionária anterior. Em 1804-5, formou-se uma coalizão européia contra Napoleão, que contra-atacou com seu exército. Derrotou os austríacos, ocupou Viena e conseguiu sua mais brilhante vitória sobre a aliança de forças austríacas e russas, em Austerlitz, em 1805. A vitória naval de Nelson na batalha de Trafalgar no mesmo ano levou Napoleão a tentar derrotar os britânicos por meio do Bloqueio Continental, tentando impedir o comércio entre a Grã-Bretanha e a França e seus aliados no continente europeu. Em 1806, o domínio napoleônico estava consolidado no continente. A dificuldade em impor o Bloqueio Continental, a desastrosa invasão da Rússia (1812) e os contratempos da guerra peninsular (1807-14) contribuíram para o declínio de Napoleão, que abdicou em 1814, após a derrota na batalha de Leipzig e a proclamação, por Talleyrand, de sua deposição. Retornou após um breve exílio na ilha de Elba, mas a derrota na batalha de Waterloo, em 1815, acabou com seu governo, que durou apenas cem dias. Napoleão viveu seus últimos anos exilado na ilha de Santa Helena.