Corte portuguesa chega ao Brasil fugindo de Napoleão; abertura dos portos brasileiros

Após rejeitar o Bloqueio Continental francês em 1806, Portugal viu-se ameaçado pelas tropas napoleônicas, que já haviam invadido a vizinha Espanha. Portugal e Inglaterra então decidem que a corte deveria transferir-se para o Brasil, escoltada por uma esquadra inglesa. A vinda da família real portuguesa, que desembarcou primeiro em Salvador e mais tarde no Rio de Janeiro, onde permaneceu por 14 anos, transformou o Brasil em centro das decisões políticas do reino, resultando no fim do pacto colonial, principalmente por causa abertura dos portos às nações amigas (na prática, a Inglaterra), também em 1808. Além de atender aos interesses britânicos, a medida satisfez as elites brasileiras, que desde o século anterior reivindicavam maior liberdade comercial. Durante a estada da família real, o Brasil passou por várias mudanças. Com mais de 300 anos de atraso, finalmente a primeira imprensa foi instalada em terrras brasileiras, trazida por d. João 6° (1767-1826). Em 1815, d. João elevou o Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarve (1815). Entre os conflitos militares do período, destacam-se a ocupação da Guiana Francesa por tropas luso-brasileiras e a anexação da Banda Oriental do Uruguai (Província Cisplatina). No campo político, foi importante a eleição de representantes brasileiros para as Cortes Constitucionais Portuguesas, logo depois do retorno do soberano a Portugal, deixando no Rio, como regente, o príncipe d. Pedro (1798-1834).