Assinatura do Tratado de Versalhes
Acordo assinado entre as potências aliadas (com exceção dos EUA, que se recusou a ratificá-lo) e a Alemanha, cujos pontos os representantes alemães não tiveram chance de negociar. A Alemanha havia concluído um armistício em 1918, baseado nos Quatorze Pontos do presidente Wilson, que previa a neutralidade dos mares, igualdade de condições de comércio, redução dos armamentos, ajuste das reivindicações coloniais, evacuação do território russo e da Bélgica, retorno da França à Alsácia-Lorena, reconhecimento das aspirações nacionalistas na Europa oriental e central, liberdade para os povos subjugados pelo Império Turco e independência da Polônia, além da criação de uma 'associação geral de nações'. Entretanto, devido a uma nova cláusula de 'culpa de guerra' no tratado, a Alemanha foi obrigada a responsabilizar-se por ter provocado os conflitos. Vários territórios de língua alemã renderam-se à França, inclusive a Alsácia-Lorena, fazendo com que a Alemanha perdesse 10% de seu território e população. O exército alemão teria de se restringir a 100 mil homens, e o país ficou proibido de possuir submarinos ou aeronaves militares. Em 1921, fixou-se o valor das reparações de guerra em 6 bilhões e 500 milhões de libras, valor impossível de ser pago. A forma humilhante do tratado imposto à Alemanha é apontada como uma das causas principais do clima político que permitiu a ascensão de Hitler. Ainda assim, vários aspectos do tratado foram revogados, a maior parte em favor da Alemanha, mas o ressentimento persistiu; quando Hitler começou uma remilitarização ilegal em 1938, os aliados nada fizeram para impedi-lo.