Nascimento de Maomé (Muhammad)
Profeta fundador do Islã, Maomé (c.570-632) nasceu em Meca e ficou órfão ainda criança. Recebeu o nome de "al-Amin" (o honrado) e casou-se com sua empregadora, uma rica viúva, Khadija. A contemplação religiosa levou-o a uma visão, em 610, e a revelações que ele subseqüentemente compilou, como o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos. A partir de 613, Maomé pregou abertamente contra a idolatria e contra os males sociais de seu tempo, proclamando a unicidade de Alá, o 'Deus', e a inevitabilidade de seu julgamento. A morte de Khadija e de seu tio e protetor Abu Talib, em 619, deixou Maomé e seus fiéis expostos à hostilidade dos habitantes de Meca. Eles deixam a cidade em 622 e fundam a primeira comunidade muçulmana, em Medina. Sua partida de Meca para Medina -a hijrah, ou Hégira- é o momento decisivo na história do Islã. Mais tarde, Maomé e seus seguidores conseguiram vencer seus adversários em Meca e conquistar a cidade, onde Maomé consagrou a pedra da Caaba ao culto de Alá. Venerado pelos muçulmanos como o último e mais importante dos profetas, Maomé não foi no entanto cultuado por si mesmo nem é tido como um mediador entre Deus e os homens; apenas sua vida é considerada como exemplo superior de santidade. Para a religião muçulmana, sua vida é a culminância da era profética, sendo o Islã o cumprimento das revelações anteriores dos profetas das religiões reveladas, como o cristianismo e o judaísmo. Hoje, a religião muçulmana é a maior do mundo, com 1,14 bilhão de fiéis -19,6% da população mundial. Os católicos somam 17, 8%.