Árabes mulçumanos ocupam a Espanha

Um século após a morte de Maomé, em 632, os árabes criaram um império que se espalhou desde a Espanha até o vale do Indo. Tendo começado como uma jihad (guerra santa) contra tribos árabes que renunciaram ao Islã, adquiriram um impulso próprio quando os árabes, inspirados pela perspectiva de grandes despojos de guerra e sua crença de que com a morte em batalha ganhariam imediata admissão no paraíso, confrontaram o já enfraquecido poder de Bizâncio e Pérsia. Na Síria e no Egito, os conquistadores permitiram que tanto cristãos quanto judeus mantivessem sua crenças como dhimmi (povos protegidos), com o pagamento de taxas discriminatórias. A unidade política do império foi breve -califados rivais apareceram na África do Norte e na Espanha nos séculos 9o e 10o-, mas a coerência cultural foi mantida com a universalidade da língua árabe e da lei islâmica (shariah), e com o trânsito de comerciantes, eruditos e peregrinos. Na Espanha, os árabes só foram expulsos em 1492.