A Arquitetura Grega

A família Helênica está dividida em 4 grupos principais: os Dórios, os Jônios, os Arqueus e os Eólios. Os helenos já encontraram no país muitas tribos que haviam precedido na invasão, aos quais se deu o nome de Pelasgos. Estes Pelasgos já tinham desbravado a região e construído cidades. Micenas e Tirinto, foram construídas por estes pré-Helênicos, os Pelasgos.

Estas ruínas ainda existem.

 

O Estilo

Comparativamente ao estilo egípcio, de uma severidade hierática, o estilo grego foi bastante genial. De um belo academismo. Com suas belas esculturas, conseguiu detalhes anatômicos que ainda hoje causam estupor. Não só pelo maior conhecimento de arte, como também pelo maior cultivo da mesma do que outros povos, pôde os Helênicos atingir pontos jamais imaginados no mundo antigo.

A Arquitetura

No campo da arquitetura, como nos demais domínios da arte, atingiram os gregos altas proporções. Estudaremos sua arquitetura (embora sumariamente...) através de ordens Arquitetônicas.

A ordem arquitetônica é um conjunto que tem por fim a construção de pórticos retilíneos por meio de arquitraves e colunas.

As dimensões de uma “construção” estão subordinadas a uma medida comum tomada da mesma “construção”, e que é o diâmetro ou raio médio da coluna. As colunas de Panthéon têm cinco diâmetros e meio de altura. A “escada” é a relação das proporções entre as partes e o todo.

O “módulo” é no caso, a medida comum, e é o diâmetro ou raio médio da coluna.

A Coluna – O uso de colunas foi bastante difundido, pois elas dão melhor passagem à luz na parte superior do pórtico e não têm ângulos para se gastarem ou quebrarem ante impactos.

A princípio era o pilar quadrado, depois, decidiu-se transformar o pilar em octógono; mais tarde, em polígono de dezesseis lados, que é o número de caneluras das ordens mais antigas.

A coluna é um tronco de cone até o terço inferior de sua altura. Depois, a secção se incha um pouco.

É sempre mais delgada em cima do que em baixo; não por questões de estilo e sim por necessidade técnica, pois a coluna está mais carregada mais em baixo do que em cima, e os blocos de pedra mais pesados devem ficar perto do solo. Além disso, a luz entra com maior facilidade na parte superior.

A Arquitrava – Na escola hierárquica, a arquitrave é a parte principal depois da coluna.

O Capitel – O capitel é parte que transmite e concentra a carga da arquitrave sobre a coluna.

O Friso – Quase que só de função decorativa, o friso nada mais é do que o enchimento externo do espaço vazio que sobra em cima da arquitrave, e onde ficam as vigas.

A Cornija – A cornija é formada pela cobertura, que sobressai para o exterior, protegendo o pórtico.

O Entablamento – O entablamento é o conjunto arquitrave, friso, cornija. Ele suporta uma cobertura de duas águas, que enquadra o Frontão.

O Címaco – O címaco é o canal da cobertura que impede a caída da água na frente do pórtico e a conduz ao desaguadouro.

Estão as ordens arquitetônicas divididas em:

1 – Ordem Dórica
2 – Ordem Jônica
3 – Ordem Coríntia
4 – Ordem Toscana
5 – Ordem Compósito

1 – Ordem Dórica – É o estilo mais puro do estilo grego. O Pártenon é o seu exemplo.

A coluna não possui base. O “galbado” fá-la parecer quase cônica. Tem 20 caneluras pouco profundas. É construída com blocos cujos ligamentos são imperceptíveis.

Nesta ordem o capitel se compõe de :

  • Alguns filetes delgados que formam anéis sobre os canais da coluna.
  • Esquino em forma de cone invertido.
  • Ábaco quadrado que coroa o capitel. Sem efeitos. Liso.


A Arquitrave é um bloco de pedra liso, termina na parte superior por pequenos filetes.

O friso é original. Compõe-se de :

  • Triglifo – que são motivos verticais e com estrias.
  • Métopas – partes que ficam entre os triglifos, em geral ornadas de pintura ou outros motivos ornamentais.


A cornija é formada pela goteira e pelos mútulos. Os mútulos correspondem aos triglifos e às métopas.

2 – Ordem Jônica – Assim com se vê influência egípcia na ordem Dórica, vê-se também influência fenícia na ordem Jônica. Nesta ordem observa-se elegância, graça e beleza.

Há dois tipos de ordem Jônica: a simples e a decorativa. A diferença entre as duas é sobre tudo no capitel. Exemplos dos mais belos são os templos de Minerva, o Erecteo, o de Ártemis e Athena Niké.

A coluna tem sempre uma base clássica, podendo, no entanto ter variações. A coluna Jônica é mais delgada do que a Dórica. E é mais esbelta.

O Capitel é o que estilo da ordem: o ábaco se retorce sobre o eqüino, formando volutas de cada lado, com duas faces distintas.

A Arquitrave dividi-se em 3 partes que se alternam com espessuras sempre menores, à medida que vão se aproximando do capitel.

O friso, quando se apresenta completamente unido, geralmente tem profusa ornamentação.

A Cornija compõe-se quase só da goteira talhada na parte inferior.

3 – Ordem Coríntia – Na época grega, esta ordem foi empregada com parcimônia. Na época romana, no entanto, passou a sê-lo demasiadamente, devido a sua riqueza e aspecto teatral, tão de acordo com a pompa dos imperadores romanos. É ainda a ordem mais completa.

A Coluna Coríntia é a mais esbelta que a Jônica; as caneluras mais profundas. É proporcionalmente mais alta. Esta coluna termina por um anel, sobre o qual se forma um vaso.

O Capitel é onde se caracteriza esta ordem. Sobre o vaso, vemos o ábaco formado por quatro arcos em círculos côncavos e inscritos num quadrado. No vaso, uma ornamentação clássica: um feixe de oito folhas grandes, em geral de canto, que partindo do anel, chega ao eixo central transversal. Na junção inferior destas folhas, há outro feixe de folhas menores que nascem também do anel.

A Arquitrave conserva-se com três partes como no Jônico e tem por vezes elementos de grande plasticidade e decoração.

Há três tipos de frisos:

1 – tem características jônicas;
2 – é sóbrio;
3 – é rico em ornatos.

A Cornija é sempre marcante. Apresenta toda a grande variedade das molduras antigas. O Renascimento Italiano usou-a muito.

4 e 5 – A s Ordens Toscana e Compósita – Estas duas ordens apareceram com os romanos. A ordem toscana é a ordem Dórica mais simplificada e sua principal característica é a grande distância que separa as colunas.

O entablamento é de madeira ou de pedra, cujo peso seja o mesmo da madeira.

A Ordem Compósita é uma combinação mais cheia das ordens Jônica e Coríntia, e com capital de volutas acentuadas.

As ordens Toscana e Compósita utilizaram a ordem Pérsica, que nada mais é do que a substituição da coluna por uma estátua de mulher.

Também a ordem Cariátida foi usada pela Toscana e Compósita, onde uma estátua de homem substitui a coluna.

O Templo de Diana em Éfeso


Os habitantes de Éfeso, antiga cidade grega, erigiram no século VII A . C ., um pequeno templo em honra a Artêmis ou Diana, que era uma das principais divindades da antiga mitologia grega.

Esse pequeno templo inicial, com o passar do tempo foi crescendo em importância e proporções, ganhando sucessivas ampliações e reformas. No século III A. C. segundo conta a lenda, o louco Erostrato, desejoso de notoriedade, incendiou o templo, a fim de que seu nome jamais fosse esquecido.

Iniciou-se então a construção do “Artemissium”, no mesmo local do santuário incendiado. Era um colossal e maravilhoso templo, deslumbrante e magnífico, que passou a figurar entre as sete maravilhas do mundo. Seu arquiteto foi o famoso Dinócrates de Alexandria. O templo cobria uma área de 7.500 metros quadrados e ostentava uma imponente colunata jônica com 127 colunas de 18 metros de altura das quais 36 externas ornamentadas nas bases com baixos-relevos.

A sua construção foi iniciada por volta do ano 350 A .C. e quando Alexandre, o Grande, esteve em Éfeso no ano 334 A .C., ofereceu-se para custear o final do gigantesco monumento que ostentava deslumbrantes trabalhos de escultura e frisos em baixos-relevos.

Ricas oferendas, de todo o Mediterrâneo, afluíam para o templo e seu tesouro fabuloso foi um dos assombros da época.

Até o ano 262 da Era Cristã, a cidade de Éfeso orgulhou-se de possuir essa maravilha, quando os godos a saquearam e incendiaram. Mais tarde suas pedras foram aproveitadas para a construção de uma Igreja Cristã.