Guglielmo Marconi

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Marquês Guglielmo Marconi foi um pioneiro do rádio, considerado seu inventor oficial, e um empresário de sucesso. Tinha apenas 23 anos de idade quando patenteou um sistema de telegrafia sem fios que lhe assegurou o monopólio das radiocomunicações e, mais tarde, o Prêmio Nobel de Física (1909).

Suas tentativas de utilizar aparelhos transmissores de ondas curtas, a partir de 1916, levaram à realização, nos anos 1920, da primeira rede intercontinental de comunicação por rádio.

Apesar de seu nome ser o mais conhecido em todo o mundo quando se fala da invenção do rádio, um cientista brasileiro expôs suas descobertas em São Paulo muito antes de Marconi e de outros: o pioneirismo do padre Roberto Landell de Moura no rádio só não foi reconhecido porque ele não fazia parte da comunidade científica internacional, sediada na Europa e nos Estados Unidos.

Quando Marconi começou suas experiências com transmissões, as ondas de rádio eram conhecidas como ondas hertzianas, por causa de Rudolf Heinrich Hertz, professor alemão de física que descobriu a existência das ondas eletromagnéticas (de rádio), em 1888. A conquista de Marconi foi conseguir produzir e detectar essas ondas em longas distâncias.

O garoto Guglielmo Marconi nasceu em família rica na próspera cidade de Bolonha, de pai italiano e mãe irlandesa. Estudou nas melhores escolas e desde menino demonstrou interesse pela ciência nos ramos da física e da eletricidade. Rapaz ainda, começou seus experimentos em laboratório com seu pai - foi quando conseguiu enviar sinais pelo telégrafo sem fio, a uma distância de cerca de 4 km.

Demonstrou seu sistema na Inglaterra e logo fundou sua própria empresa, Marconi's Wireless Telegraph Company Limited. Faltavam dois anos para o começo do século 20 quando ele conseguiu estabelecer as comunicações sem fio entre França e Inglaterra. Patenteou seu sistema e, num dia histórico, em 1901, provou que as ondas sem fio não eram afetadas pela curvatura da Terra, como se acreditava: transmitiu sinais através do oceano Atlântico, entre a Grã Bretanha e o Canadá.

Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ocupou o cargo de tenente no Exército italiano, e depois passou para a Marinha, como comandante, em 1916. No fim do conflito, representou a Itália na Conferência de Paz de Paris.

O inventor aderiu publicamente ao regime fascista de Benito Mussolini, na Itália, em 1923. Dessa forma, ocupou importantes cargos no governo e em órgãos públicos. Foi nomeado senador, marquês e presidente da Real Academia Italiana, função que desempenhou até sua morte.

Em 1931, transmitiu de Roma, por rádio, o sinal que ligou o sistema de iluminação do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Numa ocasião, ao desembarcar com a mãe na Inglaterra, Marconi levava um transmissor na bagagem. Os funcionários da alfândega apreenderam o aparelho. Quando este foi devolvido, os inspetores disseram que haviam pensado se tratar de uma bomba. Ao ouvir a explicação, a mãe de Marconi respondeu: "E é mesmo. Não do tipo que explode o mundo, mas ela vai derrubar todas as paredes".

Quando Marconi morreu na Roma em 20 de julho de 1937, com sua morte todas as estações de rádio em todo o mundo fizeram dois minutos de silêncio.

 

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