Biografia de Molière

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Molière (1622-1673) foi um dramaturgo francês. Um dos maiores destaques do teatro francês no século XVII. Apoiado por Luís XIV, que admirava suas sátiras, comédias e tragédias, tornou-se o provedor dos divertimentos do rei.

 

Molière, nome artístico de Jean-Baptiste Poquelin, nasceu em Paris, França, no dia 15 de janeiro de 1622. Filho do tapeceiro do rei ficou órfão de mãe ainda criança. Estudou no Colégio de Clermont, de 1633 a 1639, mas o estudo e a perspectiva de seguir a profissão do pai não eram seus objetivos. Era encontrado com frequência pelos tablados montados nas pontes sobre o rio Sena. A França, nessa época, exercia grande influência na política europeia. O rei Luís XIV e o Cardeal Richelieu, empenharam-se em projetá-la também no campo cultural.

 

O teatro vivia seu período de apogeu, Paris era o centro das atividades teatrais, porém os atores da época eram mal vistos pela opinião pública e excomungados pela igreja. O rei Luís XIV assinou uma lei proibindo a desqualificação da profissão de ator. O rei financiava as companhias, o ministro Cardeal Richelieu inaugurava novos teatros como o Palais Cardinal e o Palais Royal.

 

Alguns historiadores afirmam que Molière formou-se em direito e só depois passou a dedicar-se ao teatro. Junto com os irmãos Béjart fundou a companhia o "Ilustre Teatro" e adotou o nome Molière. Sua companhia não consegue concorrer com as já consagradas companhias do Hotel de Bourgogne e do Marais. As dívidas o levaram para prisão. Com a ajuda do pai consegue ser solto e com os irmãos Béjart integra-se à companhia de "Charles Du Fresne", com o qual percorreu várias cidades do interior, encenando inúmeras peças, durante 14 anos.

 

Molière pesquisou os diferentes tipos de personalidades e se aprofundou no estudo do caráter humano. Recebeu do escritor Boileau o apelido de "O Contemplador". Durante sua peregrinação foi ator, diretor e autor. Em 1658, obteve permissão para atuar diante do rei, com uma peça de Racine, que só não fracassou pela vivacidade de Molière que improvisou um discurso diplomático, com encenação toda gesticulada.

 

Paris era o reino do esnobismo intelectual, em vez de se dizer água, dizia-se elemento químico. Em 1659, Molière satiriza esse comportamento com a peça "As Preciosas Ridículas", quando ousa apresentar uma farsa com elementos prosaicos, onde rostos enfarinhados e máscaras coloridas caricaturavam personalidades importantes e expunham-nas ao ridículo. Foi seu primeiro grande sucesso. Para dizer vou pensar, Molière diz "Pescarei no lago da memória com o fio dos meus pensamentos". Em 1661, inaugura a nova sala do Palais Royal, onde produz, dirige, escreve e interpreta.

 

Em 1662, casa-se com Armande Bejart, vinte anos mais nova do que ele. No mesmo ano encena "Escola de Mulheres". Aborda problemas morais, retrata virtudes e defeitos humanos. A peça foi um sucesso. Vitorioso, recebe do rei uma pensão e é declarado "excelente poeta cômico". Em 1664, apoiado por Luís XIV, que admirava suas sátiras, comédias e tragédias, tornou-se o provedor dos divertimentos do rei.

 

Entre as encenações mistas de música, balé e teatro, escreve “O Tartufo”, a comédia que causou polêmica. O personagem Tartufo é um falso devoto que, usando a religião, introduz-se numa família honesta e deixa casualmente perceber seus propósitos depravados. Muitos religiosos presentes na primeira representação sentiam-se retratados como hipócritas. A reação da igreja foi rápida e conseguiu proibir a representação da peça.

 

Molière encena ainda "Dom Juan" e "O Misantropo", mas não desiste do Tartufo. Remodela a peça e leva-a ao público sob o nome de “Panulfo” A peça é imediatamente proibida e o arcebispo de Paris excomunga os espectadores. Molière produz ainda uma série de comédias e tragédias, bem ao gosto do rei, entre elas: “Psiché”, “O Burguês Fidalgo”, “As Amantes Magníficas” e “As Mulheres Sábias”, retomando ao teatro de conteúdo social, fazendo grande sucesso.

 

Molière faleceu em Paris, França, no dia 17 de fevereiro de 1673, em pleno palco, quando representava "O Doce Imaginário"

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