Biografia de Charles Dickens

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

Charles Dickens (1812-1870) foi um escritor inglês, autor dos romances “David Copperfield”, “Oliver Twist”, “Christmas Carol”, entre outros. Foi o mais popular e humano dos romancistas ingleses.

 

Mestre do suspense, do humor satírico e do horror, retrata a Londres de sua época. Foi recebido pela Rainha Vitória como um grande representante das letras inglesas.

 

Infância e Juventude

Charles John Huffam Dickens, conhecido como Charles Dickens, nasceu em Landport, no sul da Inglaterra, no dia 7 de fevereiro de 1812, era filho de Elizabeth Barrow e de John Dickens.

 

Seu pai era escriturário da Tesouraria da Marinha na cidade de Portsmouth, mas vivia de empréstimos sem conseguir pagá-los. Em 1822 resolve fugir para Londres, levando consigo a família.

 

Morando em um sótão de uma rua pobre de Londres, em 1924, John é preso por dívidas. Com 12 anos, Charles Dickens passou a trabalhar numa fábrica de graxa, onde permaneceu por vários meses.

 

Sua servidão termina e ele volta à escola quando sua avó morre e seu pai recebe uma herança, com a qual paga as dívidas e reconquista a liberdade.

 

Charles Dickens volta a estudar e entra na Wellington House Academy, mas logo teve que deixar a escola e arrumar novo emprego.

 

Em 1827 emprega-se como aprendiz na casa de um procurador judicial. Aos 20 anos, estenógrafo diplomado, coloca-se no jornal True Sun, para relatar reuniões parlamentares e campanhas eleitorais.

 

Em 1831 emprega-se como repórter parlamentar. Viajando pelas províncias inglesas, se divertia anotando episódios pitorescos.

 

Primeiras Crônicas

Em 1833, Charles Dickens envia para o Monthly Magazine uma pequena crônica, sem assinatura. Um mês mais tarde, verifica que seu texto fora publicado e era lido por muita gente.

 

O sucesso o levou a redigir uma série de crônicas em linguagem leve e fácil, narrando fatos reais e fictícios da classe média londrina.

 

Assinava-as com o pseudônimo de "Boz", no Morning Chronicle, que era o jornal londrino de maior circulação. Em 1835 publica “Esboço de Boz”, em dois volumes.

 

Em 1837, “Boz” é convidado para acrescentar textos aos desenhos do artista Seymour, para publicá-las em capítulos mensais.

 

Dickens aceita e impõe que, ao invés de redigir de acordo com os desenhos, estes ilustrassem os seus textos. Nasce assim “As Aventuras do Sr. Pickwick” (1837), obra publicada em fascículos.

 

Dickens conseguiu elaborar uma obra de valor, que, de acordo com a mentalidade vitoriana, descrevia com saudosismo uma Inglaterra romântica e irreal.

 

Criou duas personagens, “Pickwick” e “Sam Weller”, que recordam Dom Quixote e Sancho Pança, do espanhol Cervantes.

 

O Sucesso de Dickens

O rápido êxito fazia Dickens concluir um livro e iniciar outro, sem interrupção. A vaidade e a ânsia de reconhecimento público não lhe permitiam descansar.

 

Em 1838 publica “Oliver Twist”, onde relata os infortúnios de um menino órfão que mora em um albergue e trabalha em uma fábrica, de onde foge para conviver com marginais, mas não se corrompe.

 

A obra é um sombrio melodrama, o mais sinistro de seus romances, considerado um ensaio social, onde descreve os horrores do trabalho nas fábricas.

 

No romance seguinte, “Nicolas Nickleby” (1839), Dickens associa o cômico ao trágico. A obra é uma condenação dos internatos, dirigidos por professores perversos e ignorantes.

 

Em 1842 foi aos Estados Unidos. A princípio recebido como ídolo, provocou a antipatia da imprensa local, ao declarar, em um banquete em sua homenagem, que os editores americanos não pagavam os direitos autorais aos romancistas ingleses.

 

Em 1843, publicou “Contos de Natal”, que é quase um conto de fadas e tornou-se parte integrante da mitologia natalina anglo-saxônica. Ostros livros com o mesmo tema são: “O Carrilhão” e “O Grilo na Lareira”, ambos de 1845.

 

Em 1844 viaja à Itália, estabelecendo-se em Gênova, de onde só retornaria um ano depois.

 

Em 1845, Dickens viajou a Paris, onde conheceu os maiores escritores franceses da época: Vitor Hugo, George Sand, Théophile Gautier e Alphonse de Lamartine.

 

Obra-Prima – David Copperfield

Novamente em Londres, Charles Dickens publica sua obra-prima “David Copperfield” (1850), quase uma autobiografia.

 

Apesar dos exageros típicos da Era Vitoriana, o livro transmite uma poderosa experiência humana, e mais uma vez combate as instituições inglesas: o mau tratamento dispensado às crianças nas escolas, as condições dos operários e a humilhação do encarceramento por dívidas.

 

Muitas das criaturas que marcaram a vida do autor estão presentes no romance.

 

Grandes Esperanças

Grandes Esperanças, (1860) foi considerada mais uma das obras-primas de Charles Dickens. O livro conta a história de desilusão e redenção pessoal de Philip Pirrip ou só “Pip”.

 

Originalmente escrita em folhetim, foi posteriormente publicada em três volumes. A obra foi adaptada para a TV e para o cinema.

 

Representação Teatral

Charles Dickens ficou famoso e era solicitado como orador. Depois do êxito com a leitura dramática de “Carrilhões, Uma História de Duendes”, apresentou-se numa série de espetáculos semelhantes.

 

Entusiasmado, pediu ao amigo Wilkie Collins uma peça, que redigiu “Abismo Gelado”. Na estreia, Dickens, suas filhas mais velhas e Collins interpretaram os principais papeis e foram aplaudidos calorosamente.

 

Família

Em 1836, Charles Dickens casa-se com Catherine Hogarth, filha do redator chefe do Morning Chronicle, com quem teve dez filhos. Depois de vinte anos de casado, se apaixona pela atriz Ellen Ternan.

 

Com medo de perder a estima dos leitores, publica nos jornais uma longa declaração explicando que estava se separando da esposa pela incompatibilidade de gênios. Embora amasse Ellen até o fim da vida, não foi feliz.

 

Morte

Charles Dickens faleceu, em consequência de um acidente vascular cerebral, em Higham, Inglaterra, no dia 09 de junho de 1870. Seu corpo foi sepultado na Abadia de Westminster.

 

Encontra-se escrito em sua lápide: “Apoiante dos pobres, dos que sofrem e dos oprimidos, com sua morte, um dos maiores escritores da Inglaterra desapareceria para o mundo". A casa em que morou foi transformada em museu.

Imprimir Email

  • /index.php/salas/literatura/29-escritores/1481-biografia-de-charles-perrault
  • /index.php/salas/literatura/29-escritores/1479-biografia-de-charles-bukowski