Biografia de Aníbal Machado

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Aníbal Machado (1894-1964) foi um escritor, crítico de arte e professor brasileiro. Ensaísta e contista, ele foi considerado um dos mais importantes mestres do conto na literatura brasileira.

 

Aníbal Monteiro Machado nasceu em Sabará, em Minas Gerais, no dia 9 de dezembro de 1894. Seus primeiros estudos foram feitos em casa e aos 12 anos foi para Belo Horizonte, onde iniciou o curso ginasial. Seguiu depois para o Rio de Janeiro onde cursou o secundário no colégio Abílio. Em 1913 retornou para Belo Horizonte, onde ingressou na Faculdade de Direito, concluindo o curso em 1917.

 

Ainda estudante da faculdade, Aníbal Machado publicou os primeiros trabalhos literários, na revista “Vida de Minas”, assinados com o pseudônimo de “Antônio Verde”. Em 1919, já casado, é nomeado promotor em Aiuruoca. Em 1921, encontra-se novamente em Belo Horizonte, como professor interino de História no Ginásio Mineiro. Nesse período conhece Carlos Drummond de Andrade, João Alphonsus e outros intelectuais mineiros. Começa a colaborar com crônicas no Estado de Minas.

 

Em 1922, Aníbal Machado passa a residir no Rio de Janeiro, onde leciona literatura no Colégio Pedro II. Trabalha em diversos cargos, em geral ligados ao Ministério da Justiça. Em 1930 é nomeado Distribuidor da Justiça Local, passando posteriormente a ser Oficial do Registro Civil, cargo que exerceu até o fim de sua vida.

 

Modernismo

Aníbal Machado era muito ligado aos modernistas, sua casa em Ipanema, era ponto de encontro de escritores, artistas plásticos e atores. Colaborou com a revista Estética, liderada por Sérgio Buarque de Holanda, quando publicou seu primeiro conto, “O Rato”, o guarda civil e o “transatlântico” (1925). Colaborou também com a “Revista de Antropofagia”, revista radical, no sentido de que defendia a brasilidade em todos os sentidos.

 

Obras

Em 1926, Aníbal Machado inicia o romance de toque surrealista, “João Ternura”, porém, com seu estilo rigoroso, a obra é interrompida em 1932 e só é concluída no fim da vida. Em 1930 funda O Jornal do Povo, que teve uma vida curta. Em 1941 publica um ensaio sobre cinema “O Cinema e sua Influência na Vida Moderna”. Nesse mesmo ano organiza a divisão de arte moderna do Salão Nacional de Belas Artes (SNBA).

 

Em 1944, com 50 anos, lança seu primeiro livro de contos “Vida Feliz”, que apresenta uma perfeição artesanal, com o aprofundamento dos temas tirados do cotidiano, onde se fundem tragédia e lirismo e às vezes com uma pitada de humor. No livro, se encontram obras-primas da história do conto brasileiro, como “A Morte da Porta Estandarte”.

 

Em 1945, Aníbal Machado é eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores e organiza o 1º Congresso Brasileiro de Escritores, em São Paulo. Escreveu ainda “ABC das Catástrofes e Topografia da Insônia” (1951) e publicou “Poemas em Prosa”, reflexões e ensaios poéticos, obra que reaparecerá reunida, em edição aumentada, em “Cadernos de João” (1957).

 

Em 1959 apresenta toda a sua produção novelística em “Histórias Reunidas”, livro que vem confirmar o seu lugar de mestre do conto. Um ano após sua morte, em edição póstuma, é publicado seu famoso romance “João Ternura”, que havia retomado e concluído no fim da vida.

 

Teatro e Maria Clara Machado

Aníbal Machado foi também roteirista e crítico de artes plásticas, e ajudou a fundar vários grupos teatrais, como “Os Comediantes”, “O Tablado” e o “Teatro Popular Brasileiro”. Aníbal teve seis filhas, entre elas a escritora e dramaturga Maria Clara Machado, que atuou em importantes montagens no teatro Tablado, que se tornou importante escola na formação de grandes atores.

 

Aníbal Machado traduziu peças de Franz Kafka e Anton Checov. Escreveu a peça “O Piano”, adaptada do conto do mesmo nome, pela qual, recebeu o Prêmio Cláudio de Sousa, da Academia Brasileira de Letras. Foi condecorado com a Legião de Honra.

 

Aníbal Machado faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de janeiro de 1964.

 

Contos de Aníbal Machado

A Morte da Porta-Estandarte

Tati, a Garota

Viagem aos Seios de Duilia

O Iniciado do Vento (dedicado a João Cabral de Melo Neto)

O Telegrama de Ataxerxes

O Desfile de Chapéus

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