Biografia de Émile Zola

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Émile Zola (1840-1902) foi um escritor e jornalista francês, o criador do romance "experimental", que desejava que sua obra modificasse a sociedade.

 

Émile-Edouard-Charles-Antoine Zola (1842-1902) nasceu em Paris, França, no dia 2 de abril de 1840. Filho do engenheiro italiano François Zola, e da francesa Émilie Aubert. Em 1843 a família se muda para Aix-em-Provence, no sul da França, onde conheceu Paul Cézanne.

 

Em 1847, Zola fica órfão de pai e junto com a família passa por dificuldades financeiras. Em 1858 volta com a mãe para Paris e no ano seguinte ingressa no liceu Saint-Louise, mas abandona os estudos.

 

Carreira Literária

Influenciado pelo romantismo, Zola começa a escrever contos e poemas para diversos jornais. Em 1862 começa a trabalhar no departamento de vendas da editora Hachette, onde publica suas primeiras crônicas literárias. Nos artigos sobre política, não poupava críticas a Napoleão.

 

Em 1864 publica uma coleção de novelas: “Les Contes à Ninon”. Em 1865 publica seu primeiro romance, de inspiração autobiográfica, “La Confession de Claude”. O autor atraiu a atenção da opinião pública e da polícia. Nessa época, conheceu Manet, Pissarro e Flaubert.

 

Em 1867, Zola publica seu primeiro romance de sucesso, “Thérese Raquin”, inaugurando o romance naturalista.  Em 1868, consciente da dificuldade de conferir um caráter científico a uma obra de ficção, Émile Zola prende-se à realidade.

 

Émile Zola torna-se conhecido em Paris como polemista do jornal republicano de Clemenceau. Em 1870, casou-se com Alexandrine Meley, mas foi com sua amante que teve dois filhos.

 

Os Rougon-Macquart

A partir de 1871, Zola trabalhou em um ciclo de vinte romances de cunho realista-naturalista. “Les Rougon-Macquart”, que tinha como subtítulo "História Natural e Social de uma Família no Segundo Império".

 

Zola traça uma evolução genealógica dos Rougon-Macquart ao longo de cinco gerações, onde mais de mil personagens fazem parte de intrigas, invejas e ambições.  O resultado foi uma combinação de precisão histórica, riqueza dramática e um retrato acurado dos personagens.

 

A Taberna

A Taberna (1876) é o sétimo romance da série dos vinte volumes da obra Os Rougon-Macquart. Considerada uma das obras-primas de Zola, o romance traz um estudo psicológico profundo das consequências do alcoolismo e da pobreza na classe trabalhadora parisiense.

 

Na obra “Germinal” (1885), o décimo terceiro da série e o de maior destaque, Zola descreve com grande realismo as péssimas condições de vida dos trabalhadores de uma mina de carvão na França.

 

O último livro da série “Le Docteur Pascal” só foi publicado em 1893. Através dos romances naturalistas, Zola pretendia determinar as leis do comportamento humano e da evolução das sociedades.

 

Em 1898, Émile Zola se envolveu em um caso polêmico de grande repercussão ao defender, em público, o oficial judeu do Exército francês, o Capitão Alfred Dreyfus, num caso de traição montada pelos generais reacionários da França.

 

Em uma carta aberta ao presidente da República francesa, editada na primeira página do jornal L’Aurore, intitulada "Eu Acuso", Zola defende a inocência de Dreyfus e critica a postura antissemita do alto escalão do Exército francês. Por ter acusado o comando militar de ter forjado as provas de acusação, foi perseguido condenado à prisão, tendo que se refugiar na Inglaterra.

 

Preocupado em escrever a realidade com exatidão absoluta em suas descrições, e sempre denunciando os grandes problemas e injustiças sociais de sua época, posteriormente, Émile Zola publica mais dois conjuntos de romances “As Três Cidades” (1894-1898) e “Os Quatro Evangelhos” (1899-1902), em cujas intenções didáticas, manteve a violência quase visionária das obras anteriores.

 

Morte

Onze meses depois que o processo de Dreyfus foi reaberto e Dreyfus ser solto, Émile Zola e sua mulher retornaram à França.  

 

O casal morreu em circunstâncias misteriosas, asfixiados por monóxido de carbono enquanto dormiam. Surgiram especulações de que teriam bloqueado a chaminé de seu apartamento para matá-lo.

 

Posteriormente, a imagem de Zola foi exaltada e seus restos mortais foram transladados para o monumento dos heróis, o Pantheon.

 

Émile Zola faleceu em Paris, França, no dia 29 de setembro de 1902.

 

Frases de Émile Zola

Os governos suspeitam da literatura porque é uma força que lhe escapa.

O sofrimento é o melhor remédio para acordar o espírito.

Privado de uma paixão, o homem ficaria mutilado como se o privassem de um dos sentidos!

Se você me perguntar o que eu vim fazer neste mundo, eu lhe direi: eu vim para viver em voz alta.

Se você calar a verdade e enterrá-la, ela ficará por lá. Mas, pode ter certeza que, um dia, ela germinará.

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