Pedro Militão Kilkerry

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Pedro Militão Kilkerry é o mais radical, o mais moderno dos poetas simbolistas brasileiros.

Filho de um irlandês e de uma mestiça baiana, Pedro Kilkerry formou-se em Direito pela Faculdade da Bahia. Foi boêmio, pobre e tuberculoso.

Os poemas de Kilkerry foram impressos em jornais e revistas da época, especialmente nas publicações simbolistas Os Anais e Nova Cruzada. O poeta não deixou obra editada. Sua poesia foi revelada por Jackson de Figueiredo no livro Humilhados e luminosos.

A primeira edição em livro de seus poemas deve-se ao poeta Augusto de Campos, que, em 1970, reuniu parte da obra de Kilkerry numa publicação do Fundo Estadual de Cultura de São Paulo. Anos depois, em 1985, a obra, ampliada, teria segunda edição pela Brasiliense.

Apesar dos poucos poemas que deixou, Kilkerry liderou o movimento simbolista baiano. Para ele, o "Inconsciente" era "um poeta simbolista".

Segundo Augusto de Campos, "seus poemas, de acentuado teor hermético, têm vislumbres de Surrealismo. [...] Realmente, se o Simbolismo brasileiro permaneceu formalmente vinculado à estrutura parnasiana, mantendo a sintaxe tradicional e inovando quase que somente na temática, Kilkerry é aquele poeta que radicaliza a experiência simbolista, complicando e adensando a sintaxe, aplicando uma metafórica arrojada e despojando a linguagem de adjetivações fáceis".

Pedro Kilkerry deixou, além de poemas, artigos e crônicas. Faleceu durante uma operação de traqueotomia.

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