A Música no Renascimento

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A Renascença leva a cabo duas revoluções: a contrapontística e a harmônica. Na primeira, a complexidade polifônica aumenta ainda mais. São compostos motetos, missas e madrigais de até 8 vozes simultâneas! Muitas vezes, cada voz cantava um texto diferente, sendo a compreensão obviamente impossível. Paralelamente, na harmonia, o sistema modal dominante na Idade Média caía gradualmente, e era substituído pelo tonalismo. Além disso, a música instrumental começava a se desenvolver, após um longo período de gêneros puramente vocais.

Os primeiros grandes compositores renascentistas são o inglês John Dunstable e o francês Guillaume Dufay, ainda no século XV. No cinquecento (séc. XVI), surgem as escolas nacionais: a flamenga (Jacob Obrecht, Johannes Ockeghem, Orlandus Lassus, Josquin Desprez), a alemã (Heinrich Isaac, Hans Leo Hassler, Michael Pretorius), a inglesa (William Byrd, John Dowland, Orlando Gibbons), a espanhola (Tomás Luís de Victoria, Antonio Cabezón) e a italiana (Luca Marenzio, Don Carlo Gesualdo e Giovanni Perluigi da Palestrina).

O maior compositor renascentista foi, sem dúvida, o italiano Claudio Monteverdi. Ele foi a verdadeira ponte entre o Renascimento e o Barroco, vivendo em ambos os períodos. Porém, o marco definitivo do fim da Renascença foi a composição da primeira ópera da história - Dafne, do também italiano Jacopo Peri, composta em 1597. Como a letra tinha papel importantíssimo na compreensão do enredo da ópera, a polifonia foi substituída pela homofonia, isto é, pelo canto a uma voz, mas, diferentemente do canto gregoriano, acompanhado.

Infelizmente, perdeu-se o manuscrito de Dafne. Assim, a ópera mais antiga que conhecemos integralmente é Orfeu, de Monteverdi, composta em 1607. Aqui as inovações de Peri são levadas adiante, definindo o destino dos próximos 150 anos de música: o Barroco.

 

 

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