Dom Casmurro - Resumos
Bento de Albuquerque Santiago (Bentinho), 54 anos, vive sozinho e isolado no subúrbio do Rio de Janeiro, e acaba por receber o apelido de Dom Casmurro, quando certa vez adormeceu ao ouvir os versos de um jovem poeta num metrô, ao voltar para casa.
Dom Casmurro, corroído pelos fatos do passado, decide escrever um livro sobre sua própria história. D. Glória, mãe de Bentinho, prometeu formá-lo em cargo eclesiástico se este nascesse com saúde, já que o primeiro filho morrera ao nascer.
Transcorreram-se os dias sem maiores problemas, até que um dia Bentinho ouve José Dias, agregado de longa data da família, conversar com sua mãe a respeito do seminário, para onde iria estudar e se formar padre. Ainda citou a vizinha de infância, Capitu, com quem Bentinho passava a maior parte dos dias, ressaltando que esta poderia ser um impasse, devido à afeição crescente entre os dois. D. Glória decide então apressar o cumprimento da promessa.
Bentinho, que agora já se via apaixonado por Capitu, incumbe o próprio José Dias a convencer a mãe que não tinha vocação para o cargo, fazendo-a descumprir com a promessa. Sem sucesso, Bentinho vai para o seminário, com a condição de que se em dois anos não revelasse vocação para o sacerdócio, voltaria para casa. No seminário, Bentinho conhece Ezequiel de Sousa Escobar, futuramente seu melhor amigo e confidente.
Escobar passa a freqüentar a casa de Bentinho, tanto como Capitu, que agora faz companhia a D. Glória. José Dias continua fazendo esforços para que Bentinho saia do seminário, porém, Escobar é que tem a solução. D. Glória adotaria um órfão qualquer, e o formaria padre no lugar de Bentinho, assim cumprindo a promessa de dar a Deus um sacerdote.
Bentinho deixa então o seminário e se forma em direito. Escobar também sai do seminário posteriormente e se casa com Sancha, amiga de Capitu.
Em 1865, Bento e Capitu se casam, e vão morar no bairro da Glória. A vida do casal vai de vento em popa, exceto pela dificuldade em gerar um filho, o que lhes causa inveja, já que Escobar e Sancha já tinham uma filha, chamada Capitolina, em homenagem a Capitu.
Os amigos, depois de casados, passam a conviver diariamente, e Escobar, agora comerciante, passa a cuidar das finanças da família de Bentinho.
Capitu finalmente tem um filho, a qual deram o nome de Ezequiel, para retribuir a gratidão de Sancha e Escobar ao dar o nome de Capitu a sua filha.
Ezequiel desde cedo se mostra inquieto e curioso, e tinha grandes semelhanças com Escobar, o modo de andar e virar o pescoço (o que a princípio Bentinho imagina ser um mal hábito do filho em imitar os outros). Em 1871, Escobar morre afogado.
No enterro Bentinho estranha o jeito como Capitu olha para o defunto, com os olhos fixos e profundos, parecendo mais abatida que a própria Sancha.
Sancha vai morar com uns parentes no Paraná, e o casal continua a sua vida no Rio de Janeiro.
Cada vez mais, as semelhanças de Ezequiel e Escobar aumentam, intrigando Bentinho, e desestruturando sua relação com Capitu.
O casal manda Ezequiel para um internato, medida que se mostra ineficaz na tentativa de salvar o casamento.
Extremamente conturbado, Bentinho decide se suicidar, diluindo veneno em seu café. No momento em que levava a xícara a boca, Ezequiel chega e o interrompe. Bentinho chega a oferecer o café ao filho, mas recua e apenas desabafa, dizendo não ser seu pai verdadeiro. Nesse momento Capitu chega e questiona a conversa de Bentinho com Ezequiel. Capitu ri ironicamente, acusando-o de blasfêmia, devido a casual semelhança entre o filho e Escobar.
Durante a discussão, o casal decide se separar, e partem para a Europa, Bentinho deixa Capitu e Ezequiel, e retorna ao Brasil.
Os familiares de Bentinho vão morrendo aos poucos, inclusive D. Glória e José Dias.
Bentinho então se retira para o Engenho Novo, e certo dia recebe a visita de Ezequiel, e a notícia da morte de Capitu.
Ezequiel permanece uns tempos no Rio, e depois segue para uma viagem ao Oriente Médio, onde estudaria arqueologia. Onze meses depois morre de febre tifóide em Jerusalém, onde é enterrado.
O adultério de Capitu não é esclarecido, e Dom Casmurro fecha-se em seu mundo, tendo apenas algumas amigas para o consolar. Porém, jamais esqueceu seu primeiro amor.
Construiu uma casa no Engenho Novo, aos moldes da casa da infância, com o intuito de unir o passado ao presente, e reconstruir as suas próprias memórias. A alternativa mostra-se inútil, e então recorre a narrativa, que se mostra eficaz. Após terminar, e perceber o sentimento ao mesmo tempo melancólico e satisfeito, decide escrever outro livro para esquecer o antecessor, e este se incumbiria: História dos subúrbios do Rio de Janeiro.
Resumo do Livro de Machado de Assis.
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