Saint-Saëns

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Camille Saint-Saëns nasceu em 1835. Seu pai morreu pouco tempo depois e o garoto foi criado por sua mãe e tia-avó. O treinamento musical de Saint-Saëns começou cedo: aos dois anos e meio, sua tia-avó começou a ensiná-lo o piano e aos três anos, ele compôs sua primeira peça; começou a estudar composição aos sete anos e com onze, enfeitiçava audiências tocando Bach e Mozart. Saint-Saëns acabou tornando-se um virtuoso no instrumento, sendo proclamado o maior organista do mundo por Franz Liszt.

Saint-Saëns tornou-se professor da École Niedermeyer, uma instituição musical francesa dedicada à melhoria da qualidade da música sacra. Um de seus alunos foi Fauré, que tornou-se, por mérito próprio, um importante compositor. Em 1871 Saint-Saëns co-fundou a Société Nationale de Musique (Sociedade Nacional de Música), onde estreou obras de Debussy, Ravel e Fauré, além de seus próprios trabalhos.

Saint-Saëns era considerado um compositor sinfônico e um pianista virtuoso, e não um criador de óperas. Daí a dificuldade inicial que teve em ganhar notoriedade na ramo operático. Passaram-se mais de doze anos antes que sua primeira ópera, Le timbre d’argent, fosse encenada, sendo que Saint-Sa?ns escreveu a ópera numa fração daquele tempo. Samson et Dalila (Sansão e Dalila), sua ópera subseqüente, também precisou esperar anos antes de chegar ao palco. Foi Liszt, que acreditava fortemente no talento de Saint-Saëns, quem produziu a estréia da ópera em Weimar. Saint-Saëns seguiu compondo diversas óperas, mas somente Samson et Dalila manteve-se popular até o século XXI.

O prolífico Saint-Sa?ns continuou escrevendo durante toda sua vida. Á medida que envelheceu, ele começou a ressentir o interesse do público francês pelo impressionismo e outros movimentos musicais da época. Ele censurou músicos radicais como Stravinsky; o Prélude à Aprés-Midi d’un Faune [Prelúdio para a Tarde de um Fauno] de Debussy o levou a salientar: “Eu preferiria perder minha voz que sair girando idioticamente, gritando como um fauno celebrando sua tarde”. Saint-Sa?ns tornou-se super-conservador nos últimos anos de sua vida: um compositor neoclassicista com trabalhos minuciados e refinados, mesmo que um pouco antiquado. Seus inimigos caracterizavam seu trabalho como “la mauvaise musique bien écrite” (“Má música bem escrita”).

Em sua vida, Saint-Saëns teve numerosos interesses, nem todos musicais. Um escritor prolífico, ele redigiu livros, cartas, artigos e até mesmo poemas e dramas ademais de seus famosos trabalhos musicais. Ele também foi um viajante internacional, que visitou a Algéria, Egito, Espanha, Portugal, Itália e Uruguai. Ele era carismático, polêmico e desejoso para experimentar tudo o que a vida pudesse oferecer. Ele morreu em 1921.

 

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