A Arquitetura nas Artes Orientais
A Arte Indiana
No ano 2.000 a. C. uma leva de arianos, emigrados da Ásia Central atingiram a Índia e ali se fixaram ao sul, atingindo a plenitude do poder. Já existiam outras raças no país, como se pode crer, pois são muito remotas as civilizações na Índia. Disse as civilizações, pois na Índia existem os mais diferentes conglomerados de raças humanas, de verdadeiras civilizações, cada uma com o seu próprio “modus vivendi”, cada uma com sua própria arte.
Influência da Religião na Arte
A propagação da fé budista e da islâmica deu impulso na arte índica. O Budismo deu origem a um estilo decorativo tão bizarro, que a forma fica inteiramente pela ornamentação. No Islamismo o estilo é ainda cheio, sobressaindo contudo, “arabescos” e formas eminentemente da arte muçulmana.
A Arquitetura
Os pagodes são a forma mais própria da arquitetura Indiana. Os pagodes de Siringan, Madurah e Tadjore, são circundados por portões monumentais. Possuem ainda várias salas, vestíbulos, uma sala espécie de santuário, encimado por uma cúpula. Outros têm andares sucessivos.
A coluna indiana termina formando esferas ou ovóides (elefantas). Nas ruínas de Angkor-Tom, uma grande naja, adorada como deusa hindu, é sustentada por doze grossas e dantescas figuras. Rebuscado demais, o estilo hindu pretendia entusiasmar mais pelo barroco artesanal do que pela beleza da forma.
Arte Chinesa
As mais antigas notícias que temos do trabalho artístico chinês data de 2.600 a. C., e são provenientes de dois pequenos estados, Yu e Kuo, ao sul do estado de Tsin, a atual província de Shansi, no norte da China. Ali foram encontradas as demarcações da cidade Shang Yang, capital de Kuo, e 238 tumbas de nobres e gentes do povo. Foram também encontradas quatro fossas onde tinham sido enterrados cavalos e carruagens.
Centenas de objetos enterrados – vasilhas, armas, ferramentas, instrumentos musicais e ornamentais – confirmam a existência em Kuo de uma indústria de bronze bastante adiantada.
Os objetos de bronze, feitos com moldes de cerâmica, são ainda bem toscos. Há entre eles, quatro adagas e três espelhos, as mais antigas descobertas até agora na China.
As adagas se extinguem por uma linha central em relevo; os espelhos são menores e mais rudes do que os que foram usados mais tarde.
A Arquitetura
Assim como o indiano, o chinês tem como característica primeva de arquitetura o Pagode, influência da religião budista no país. Praticamente, a China não sofreu influências externas, principalmente no terreno arquitetônico. O mais antigo templo chinês ainda existente foi o construído pelos coreanos no Japão no ano 607 A. D.
Consistia ele de colunas de madeira, cobertas de telhados, as telhas recurvadas nas bordas. As traves horizontais dos pagodes, ao invés de se apoiarem nas colunas, são nelas encaixadas; não havendo, portanto, capitéis. Aliás, são a China e o Japão, os únicos países no mundo que desconhecem em sua arquitetura este interessante motivo técnico-ornamental: o capitel. Os pagodes tinham planos ortogonais, com sete andares, com grande profusão de portas. As linhas eram horizontais. Os chineses, mais tarde, substituíram a madeira por tijolos. Os ornatos eram feitos nas colunas e nas nervuras do telhado.
(Pagode Chinês)
Ornatos
Dragões e quimeras foram os motivos preferidos dos ornatos chineses, que os apresentavam em estilos os mais rebuscados possíveis, mas de grande beleza.
Arte Japonesa
A arte japonesa tem suas peculiaridades e individualidades, apesar de ter sua origem na China. Os motivos da ornamentação japonesa não são tão estilizados e convencionais como os dos chineses porque os primeiros se inspiravam mais na natureza.
Sua arquitetura tem mais graça e beleza do que se vê nos templos romanos. Os japoneses conservaram os modelos através dos séculos, modelos estes que lhes chegaram trazidos da China, através da Coréia. O pagode japonês apresenta ainda hoje o mesmo tipo do primeiro edificado pelos coreanos em Horiuji em 607 A.D.
(Pagode Japonês)