A Arquitetura Romana

O Coliseu é o mais belo exemplo da arquitetura romana. Foi construído em platibandas à moda grega, às quais associaram os arcos.

Do etrusco os romanos trouxeram para a sua arquitetura o sistema de abobadas. Nas construções romanas eram empregados blocos de pedra e a estes juntavam a concreção em argamassa, cobriam este cimento com placas de mármore ou estuque.

Ainda dos gregos trouxeram as três ordens de colunas, embora fossem mais usadas como decoração, conforme se vê no Coliseu e nos Arcos do Triunfo. Assim temos: Dórico romano, as colunas têm uma mesma base, a arquitrave está na linha da coluna, não fazendo saliência. Os frisos são enfeitados de “bucranes”, que são crânios de bois com grinaldas nos chifres. No Jônico Romano há um capitel cujas volutas são menores.

O Corinto é a ordem romana em sua construção mais pura. O capitel tem um aspecto metálico e é composto de filas de folhas de acanto. O ábaco é côncavo e cada um dos ângulos repousa sobre duas folhas reunidas. O entablamento é de uma colossal riqueza. A cornija é ornamentada com mostrengos e caixões esculpidos.

Ordem Compósita – É a combinação do Jônico com o Corinto e podemos encontrá-la nos Arcos do Triunfo.

Ordem Toscana – É a forma simplificada da Ordem Dórica, isto é, suas características são as colunas mais afastadas e grossas, pois que o entablamento era em geral de madeira e, portanto menos pesado. Eram menos altas e davam assim a ilusão de robustez. A altura da coluna é sete vezes o seu diâmetro, ou quatorze módulos.

Com a assistência dos artistas gregos a escultura romana muito se desenvolveu. A insaciável luxúria que reinou nos tempos dos Césares destruiu por completo a harmonia da arte grega, pois o ornamento suplantou a forma.

Também a arte dos Mosaicos atingiu com os romanos a sua mais completa perfeição.

Monumentos Romanos

Basílicas – Eram os lugares onde os romanos ministravam a justiça e onde faziam suas trocas comerciais. Estavam situados em posição central, pois tanto a lei como o comércio eram coisas de uma suma importância para os romanos. Elas representavam um elo entre a arquitetura clássica e a cristã. Também aí, os templos gregos tiveram influência sobre os planos das basílicas; um retângulo cujo comprimento era o duplo da largura; duas a quatro filas de colunas em todo o comprimento; com galerias acima e colunas que suportavam a cobertura. A entrada da basílica ficava numa extremidade e o tribunal na outra, separado do restante por pequena balaustrada.

Templos - Eram uma mistura de templos egípcios com gregos. Igualando os gregos em tudo, tinham o pórtico “prostylo” e “podium” dos etruscos. O entrecolúnio tinha mais amplitude do que o grego e assim a arquitrave e o friso era construídos em arco, embora não existisse a necessidade disso porque as paredes suportavam muito bem o entablamento. A entrada era para ser posta em evidência pelo pórtico. E os templos eram para serem vistos do Fórum.



(O templo de Júpiter Capitolino, em Roma)

Às vezes os romanos davam forma circular a seus templos, ou mesmo poligonal, talvez ainda por influência etrusca. Exemplo: o de Vesta em Roma, de Vesta em Tiuna, o Panteon que é um dos melhores preservados, também é circular.

Construção de Arcos Romanos

Arcos do Triunfo – Eram enfeitados ou adornados com escultura e baixo-relevo, inspirados nas campanhas guerreiras dos imperadores e generais. Tinham uma ou três aberturas e colunas de ordem Coríntia e Composita.

Teatros – Eram adaptados para o drama romano e seu auditório era composto de assentos em semicírculos superpostos. Também para a construção dos teatros romanos tomaram por base os dos gregos. O palco era construído à beira de uma colina ao ar livre, mas possuía corredores para abrigo, em casos de chuvas inesperadas.

Circos - Estes se destinavam às corridas de cavalos e carros. Ainda aí, se via que a sua construção era baseada nos estádios gregos.


(Circo Máximo, em Roma)

Termas – Lugares para banhos públicos. De acordo com as recomposições feitas, ficou evidente que eram de uma magnificência estupenda. Serviam aos banhos luxuriosos e formavam também uma espécie de clube onde se reunia a sociedade; e onde se ensinavam e praticavam esportes.

Pontes – Eram estruturas cujas construções era sólida, prática e simples, bem projetadas para resistir à água e ao movimento. Sendo construídas com arcos.

Aquedutos – Eram reservatórios de água cujas enormes proporções formavam um quadro marcante no Império Romano.

Casas – Havia três tipos de casas romanas. A casa primitiva ou “domus”, a vila ou a casa de campo e a insula, que possuía vários andares.

A Cidade de Pompéia

Muitas cidades se desenvolveram junto com Roma, perto do Vesúvio. Pompéia, Herculano e Stabia foram as mais importantes e que foram destruídas pelas erupções do Vesúvio no ano 79 a. C.

Em Pompéia ficavam as residências de verão das classes abastadas. A tendência dos romanos para o luxo fez de Pompéia um centro especial de arte, pois lá foram introduzidos artistas gregos e um novo estilo foi dado à arte clássica: o estilo “Pompéia”.

A arte com objetos metálicos atingiu um alto grau de perfeição.

Também as pinturas murais e a ornamentação ou estuques coloridos tiveram seu brilho avivado e se desenvolveu então um estilo arquitetônico pictórico que consistia em exibir, em perspectivas feitas em superfícies lisas, quadros arquitetônicos fantásticos.

A vitória do cristianismo e conseqüentemente a queda do Império Romano foram o marco do declínio e a queda da arte clássica porque esta não poderia agradar aos cristãos. O Império Romano Cristão exerceu grande influência no nascimento de uma nova arte entre os Estados Cristãos. Do então chamado estilo Cristão Primitivo e Bizantino surgiu o estilo Romântico que, do IX até XII século, se espalhou e ramificou por todos os estados Constituídos.