A Música na Idade Média
900 - 1400
Como a história das civilizações, a história da música também se inicia com o advento da escrita - da escrita musical, mais especificamente. Isso se dá através do esforço do monge beneditino Guido d'Arezzo, no século X. Porém, há uma pré-história musical também. Podemos, é claro, retomar desde a música egípcia e dos antigos gregos e romanos. Mas como não conhecemos qualquer forma de notação musical desses povos, sua música não pode ser estudada porque dela não restou nenhum registro. Só conhecemos as obras criadas a partir do século IV, mantidas pela tradição oral e pela liturgia católica até d'Arezzo, que as anotou e as perpetuou.
Antes da invenção da partitura, o fato mais importante da História da Música foi a sistematização rígida da música litúrgica da Igreja feita pelo Papa Gregório Magno. No século VI, ele cria o cantochão, canto a uma só voz, dito monódico, oficial e único tolerado pela Igreja. O maior compositor do canto gregoriano, como o estilo ficou mais conhecido, foi uma mulher: a freira alemã Hildegard von Bingen, nascida em 1098.
Mas o cantochão dava seus últimos suspiros. A polifonia, canto a duas ou mais vozes, introduzida na música profana no século XI, começou a ganhar terreno. Já no século XIII, através dos compositores da Escola de Notre-Dame, Paris, notadamente Leonino e Perotino Magno, ela foi introduzida definitivamente à Igreja. É a fase que seria mais tarde identificada como Ars Antiqua.
A Ars Nova surge no século XV, com nomes como Phillippe de Vitry, Guillaume de Machaut e Francesco Landini, e leva a polifonia a um nível de sofisticação extremo. A transição para o Renascimento já está feita.
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