Dvorák

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Antonin Dvorák, membro da chamada escola nacionalista do período romântico, consagrou-se como um dos principais nomes da música clássica do século 19, e a figura mais representativa da composição tcheca. Filho de uma modesta e numerosa família boêmia, Dvorák nasceu em 1841, em Nelahozeves, um pequeno povoado próximo a Praga.

O mais velho de oito irmãos, desde criança demonstrou interesse pela música --seu pai, dono de um açougue e de uma pensão, tocava órgão e piano em uma banda. Aos 11 anos, Dvorák foi enviado a uma escola da região para aprender alemão. Foi onde entrou em contato com a viola e logo desenvolveu grande intimidade com o instrumento. No entanto, devido à má situação econômica da família, quando tinha 15 anos teve de interromper os estudos para ajudar o pai nos negócios.

Mesmo assim, continuou alimentando a paixão pela música. Fazia apresentações aos hóspedes da pensão, começou a tocar em igrejas e em bandas de vilas vizinhas. Chegou a aprender o ofício de açougueiro, mas, embora o pai quisesse que ele herdasse os estabelecimentos, não pôde deixar que o talento do filho fosse desperdiçado.

Em 1857, Dvorák foi para Praga para dar continuidade às aulas. Lá permaneceu por dois anos. Quando deixou o centro musical, logo arrumou um emprego como violista no Teatro Nacional de Praga. Para completar a renda, também dava aulas.

Dvorák tornou-se o organista da Igreja de São Adalberto de Praga em 1873. O trabalho era estável, o que permitiu que ele casasse com Anna Cermakova, uma de suas alunas. Eles tiveram nove filhos --três morreram antes de completar cinco anos.

A união com Anna e a tranqüilidade do lar fez com que Dvorák desenvolvesse o trabalho de composição. No mesmo ano em que casou, compôs o primeiro sucesso da carreira: Hymnus, uma espécie de hino dedicado ao povo tcheco. Também neste período conheceu a fama internacional com a publicação da primeira coleção de danças eslavas.

Em 1874, o compositor ganhou um prêmio do governo austríaco, de 400 florins, em mérito a Sinfonia nº 3. Dvorák recebeu o mesmo prêmio em mais duas ocasiões, em 1876 e 1877, graças ao voto do compositor Johannes Brahms. A intermediação de Brahms também lhe rendeu a publicação de algumas de suas obras por uma importante editora --razão pela qual, anos depois, obteve grande reconhecimento nos teatros da Inglaterra.

De 1892 a 1895, Dvorák foi diretor do Conservatório Nacional de Música de Nova York, onde teve contato com a espiritualidade dos negros e a música típica norte-americana. Foi neste período que compôs duas de suas obras mais famosas: a Sinfonia nº 9 ("Sinfonia do Novo Mundo") e o Quarteto em fá maior, conhecido como "Quarteto americano", ambas em 1893.

Quando deixou Nova York, voltou a Boêmia, onde foi nomeado diretor do Conservatório de Praga até 1901. Dvorák morreu em 1º de maio de 1904, aos 63 anos, em Praga. A morte do compositor desencadeou uma jornada de luto por toda a região da Boêmia. O corpo de Dvorák está enterrado no cemitério de Vysehrad, em Praga.

 

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